Dia Internacional da Mulher: Bravura da Segurança Pública no universo feminino do Bope
No Dia Internacional da Mulher, o Governo do Amapá apresenta a rotina de servidoras que se dedicam à segurança pública, no Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar. A corporação atua em situações de maior complexidade, que exigem emprego de armas, equipamentos e recursos humanos com treinamento diferenciado.
Até pouco tempo, a presença feminina era raro no Bope. Hoje, o batalhão conta com 12 mulheres, que se dividem entre a rotina militar e às responsabilidades de casa e família.
Para conhecer um pouca mais do intenso trabalho dessas militares, o portal do Governo do Amapá conversou com três dessas policiais.
A mais antiga no posto é a sargento Jacyára Corrêa, de 37 anos. Mãe dois filhos, ela ingressou na Polícia Militar em 2011 e está no Bope desde 2014, fazendo parte da primeira turma de mulheres a entrar no batalhão.
“Ser militar para mim foi uma escolha, eu sempre quis e busquei esse sonho. Ao ser aprovada no concurso público, foi uma grande felicidade, já dentro da PM, fizemos parte do primeiro processo para ingresso de mulheres no Bope, foi um curso só para mulheres, mas com nenhuma facilidade ou menor carga de treinamentos, pelo contrário, fomos muito exigidas e eu conseguir formar e estou aqui até hoje”, destacou.
A sargento Nedjma Costa, de 41 anos, entrou para a PM em 2012 e há cerca de quatro anos faz parte do Bope. Ela também é mãe e formada em fisioterapia.
“Para mim é uma honra estar nas fileiras do Polícia Militar, eu sempre quis ser funcionária pública e a primeira oportunidade foi ser PM. Antes, trabalhei em alguns órgãos na área da saúde, mas me identifiquei com a carreira militar e decidi entrar nas operações especiais. Em nenhum momento foi fácil, mas com muito empenho e dedicação conseguimos vencer”, contou, emocionada.
A soldado Josilene Carvalho está no quadro da PM há menos de um ano. E há quase três meses entrou para o Bope. Ela é a novata ou a “moderna” como é chamada na linguagem militar.
Josilene é mãe de dois filhos, tem 34 anos e é uma das três mulheres que formaram no curso do Choque, uma companhia dentro do Bope, ou seja, é uma “choqueana”.
“Durante 14 anos trabalhei na CEA [Companhia de Eletricidade do Amapá], era eletricista e em um determinado momento comecei a querer mudar, buscar melhorias e eu sempre quis ser militar. Quando consegui entrar na PM, meu salário durante o curso de formação era menor que no trabalho anterior, mas vencemos as dificuldades e formei. Em seguida, no fim de 2022, entrei no curso do Choque, passei por problemas familiares, mas finalizamos o processo e entramos em um batalhão especializado. Tudo que passamos mostra o quando uma mulher é forte”, disse, orgulhosa da própria trajetória.
As funções no batalhão são as mesmas dos homens em todos os sentidos – os equipamentos, os armamentos, as técnicas, as escalas de serviço e os sobreavisos, tudo da igual. O diferencial é que elas são mulheres e venceram uma, duas, mil batalhas para conquistar o seu espaço.