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LER/DORT: causas e efeitos do esforço repetitivo no Dia Mundial da doença

Da Redação

Nesta terça-feira, 28, é celebrado o Dia Mundial de Combate às Lesões por Esforço Repetitivo ou Distúrbios Osteomusculares (LER/DORT). No Amapá, a data será marcada por ações educativas, desenvolvidas pelo Núcleo de Vigilância em Saúde do Trabalhador, vinculado à Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS).

A mobilização acontece durante todo o dia no auditório do Hospital de Clínicas Alberto Lima (HCAL). Os funcionários receberam orientações que indicam os principais motivos de dores e lesões, além de explicações sobre como evitar qualquer indício das doenças que acometem diversos profissionais e ocasionam constantes afastamentos no ambiente ocupacional.

A LER compreende um conjunto de doenças causadas pela realização de atividades contínuas e repetitivas. A DORT, por sua vez, é uma sigla para um conjunto de doenças causadas por movimentos repetitivos durante a execução de um trabalho. Ambos os problemas levam a lesões nas estruturas dos tendões, músculos e ligamentos.

Em entrevista ao programa “Fogo Cruzado”, transmitido pela Rádio Equinócio FM (99,1), a fisioterapeuta Giovana Lopes Bueres, da Vigilância em Saúde do Trabalhador – Cerest/AP, fez uma breve análise da doença, diagnósticos e prevenção.

Em primeiro lugar é preciso esclarecer que nem sempre elas andam juntas. Lesões por repetição muitas vezes estão relacionadas ao trabalho, mas as causas podem variar, abrangendo a prática de alguns esportes, hobbies que envolvam trabalhos manuais e até mesmo o uso desenfreado do celular.

Outro motivo está relacionado ao fato de que outros tipos de sobrecarga, não apenas o esforço repetitivo, podem ser nocivas ao trabalhador. Entre elas destacam-se a sobrecarga estática (contração muscular por períodos prolongados), excesso de força empregada na execução de tarefas, uso de instrumentos que transmitam vibração excessiva e trabalhos executados com posturas inadequadas.

Essas doenças são relacionadas ao trabalho e podem prejudicar a produtividade laboral, a participação na força de trabalho e o comprometimento financeiro e da posição alcançada pelo trabalhador. Além disso, elas são responsáveis pela maior parte dos afastamentos do trabalho e representam custos com pagamentos de indenizações, tratamentos e processos de reintegração à ocupação.

Os empregados, também, possuem participação essencial nesse fluxo. A realização de ginástica laboral no local de trabalho, a criação de hábitos de pausas regulares durante o período de trabalho, a realização regular dos movimentos corporais, evitar horas extras e sobrecarga mental e a utilização de mobiliários ergonômicos são medidas que podem contribuir para o não surgimento destas e outras doenças.

Por fim, a qualquer sinal de dores, o trabalhador deve procurar um médico especialista. É fundamental agir também nas causas, com base nos limites físicos e psicossociais do trabalhador.

  • Prevenção

Os sinais e sintomas de LER/DORT são múltiplos e diversificados, destacando-se:

-Dor espontânea ou à movimentação passiva, ativa ou contra resistência;

-Alterações sensitivas de fraqueza, cansaço, peso, dormência, formigamento, sensação de diminuição, perda ou aumento de sensibilidade, agulhadas, choques;

-Dificuldades para o uso dos membros, particularmente das mãos, e, mais raramente, sinais flogísticos e áreas de hipotrofia ou atrofia.

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