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Rotam encerra inscrições para curso de formação e detalha operações de confronto

Da Redação

As inscrições para o curso da Rotam (Ronda Ostensiva Tática Motorizada) encerraram nesta sexta, 10, com o começo das fases eliminatórias, como certidões negativas estadual e federal para análise de histórico do candidato dentro das instituições de segurança pública, aberto a todas dessa corporação, tanto a nível estadual como dentro do território brasileiro.

Vale informar que 6 estados da federação pediram espaço para vagas, destacando-se Santa Catarina, Acre, Pará, Maranhão, Brasília e Paraná.

Em entrevista ao programa “Fogo Cruzado”, transmitido pela Rádio Equinócio FM (99,1), o capitão Hércules, comandante da Rotam, deu todos os detalhes sobre o curso e operações efetuadas dentro do Estado no combate à criminalidade.

“A Rota, encerrou sua inscrição nesta sexta-feira, 10, com vagas abertas aos profissionais ligados à Segurança Pública, tais como policiais penais e rodoviários. O curso tem a ministração do corpo técnico de 90% de instrutores formados dentro da instituição, através do Curso da Diretoria de Ensino da PM e aval do diretor do curso, comandante do Bope, Ten. Cel. Tariq. É um curso longo com duração de 800h/aula (3 meses), divididos na matriz curricular com 26 disciplinas”, disse.

O principal objetivo da Rotam é a disponibilidade do voluntariado; ele tem que querer se qualificar para a instituição. No Bope, existem 4 companhias: Rotam, COE, Choque e Giro, com atuações distintas, com a Rotam exclusivamente, com patrulhamento urbano diariamente e ostensivamente, no serviço ordinário do Bope (chamada ponta-de-lança). É a 1ª resposta durante um confronto, em ocorrências de flagrante de alta magnitude que requer um esforço maior com um efetivo preparado e equipamento para dar uma resposta ao meliante.

O curso é dividido em 3 fases: parte rústica e física, juntamente com a parte intelectual (2 meses) e o último é a fase do estágio supervisionado (o candidato irá colocar em prática todo o aprendizado do curso e será avaliado no atendimento real de ocorrências).

Das 26 disciplinas distribuídas durante o curso, destacam-se “Técnicas e Táticas de Patrulhamento Urbano”, “Direito Penal aplicado à atividade policial”, “Gerenciamento de Crise” e “Aplicação da Doutrina da Rotam”, entre outras. Nestas disciplinas, o policial terá a noção e a perceptividade do que é certo ou errado num conjunto de conhecimentos técnicos e teóricos para que este absorva a forma de atuação da Rotam, em todos os tipos de ocorrências e situações adversas, dentro de um trabalho em equipe e dentro da legalidade. Para cada tipo de crime, é preciso ter o conhecimento técnico dentro da área de atuação, seja tanto repressiva ou apenas orientação, sempre preparado para situações críticas de combate, como facções e o crime organizado instalado dentro do Estado do Amapá.

Uma grande parcela de ocorrências do Bope[e por conta da natureza da Rotam, como captura de foragidos, roubo a estabelecimentos comerciais e financeiro (saidinha de banco); tudo o que foge da normalidade é de área de atuação da corporação.

Em ocorrências críticas, o policial tem que estar psicologicamente preparado. Não importa se ele tem sono, fome, frio; ele tem que manter sempre a postura de alguém totalmente preparado para esses confrontos. Usar o raciocínio lógico mantendo sua adrenalina estabilizada para que se entenda se uma situação se torna crime ou não. Tem que saber o momento certo de fazer uso da arma de fogo. Não é só atirar. É saber o momento de não usar. Se for causar o risco de atingir terceiros, o policial recua e não usa o armamento, esperando o momento certo para o confronto.

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