Da Redação
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é resultado de alterações físicas e funcionais do cérebro e está relacionado ao desenvolvimento motor, da linguagem e comportamental. O TEA afeta o comportamento da criança. Os primeiros sinais podem ser notados em bebês nos primeiros meses de vida.
O autismo não possui causas totalmente conhecidas, porém há evidências de que haja predisposição genética para ele. Outros reportam o suposto papel de infecções durante a gravidez e mesmo fatores ambientais, como poluição, no desenvolvimento do distúrbio.
Não existe um exame que possa determinar que a pessoa está no espectro do autismo. Ao contrário disso, o diagnóstico é clínico e feito de maneira observacional, com apoio de uma equipe multidisciplinar e de profissionais da neuropediatria ou psiquiatria infantil.
Em entrevista ao programa “Fogo Cruzado”, transmitido pela Rádio Equinócio FM (99,1), foram tiradas as dúvidas persistentes a essa doença, diagnóstico, tratamento e como lidar com essa causa.
“A demanda de casos não só no estado do Amapá como no Brasil inteiro tem crescido consideravelmente. Não digo que aumentou, mas como está mais difundido, há essa diferenciação no aprendizado. A escola consegue identificar essas características do autista. A família já tem uma concepção do que se possa fazer para esse possível laudo. Quando o profissional da neuropediatra solicita o exame, é simplesmente para descartar outras possibilidades. O diagnóstico em si é todo comportamental, feito através de testes por uma equipe multidisciplinar, composta por terapia ocupacional, fonoaudiologia, psicologia, psicomotricidade e avaliação neuropsicológica”, disse a psicóloga Patrícia Brabo.
Uma pesquisa mostra que de 1 entre 44 crianças possui o TEA.
“Esse transtorno teve seu primeiro diagnóstico em 1940. Sem nenhuma base de tratamento, imagina como era o psicológico dessas crianças neste tempo? Através de testes e da alta procura hoje em dia, há uma grande incidência de casos que se destacam diariamente. As famílias estão vendo que seus filhos precisam de ajuda. Só em Santana, há um número aproximado de 2 mil crianças com esse transtorno, e o município não suporta essa demanda”, ressaltou Elielton Nahum, da Clínica Especializada no Espectro Autista, Maria Leonor.
Entre os sintomas detectantes de uma criança que possui esse transtorno, destaca-se geralmente as questões comportamentais. No autismo em si, acontece um comprometimento na interação social e comunicação, onde a criança apresenta movimentos repetitivos (flap) e estereotipados.