Agricultura Familiar e pequeno produtor são prioridades na Secretaria Municipal de Agricultura
Da Redação
A colheita da soja no município de Macapá abriu espaço entre os produtores rurais. Os projetos que a prefeitura dispõe incentiva o pequeno produtor no campo em relação aos insumos usados para uma maior produção e colheita para a mesa do amapaense.
É o que destacou Eduardo Fleury, Secretário Municipal de Agricultura, durante entrevista ao programa “Fogo Cruzado”, pela rádio Equinócio FM (99,1), apresentado pelo jornalista Gilvan Barbosa.
“Precisamos produzir alimentos; ter um compromisso com a agricultura familiar e o pequeno produtor, onde temos um potencial enorme no município, e pelo conhecimento como produtor rural, temos que multiplicar nossa produção alimentícia. Não precisamos buscar em outros estados; temos potencial para que esses alimentos sejam produzidos em nossas terras e exportá-los. Nosso objetivo é movimentar a economia e manter o faturamento aqui, gerando emprego e renda para todos. Os produtores querem produzir e o município dará todo o apoio necessário nessa questão”, disse.
O prefeito Furlan tem um compromisso enorme com o produtor rural e está em pauta a importância para o município. A Secretaria Municipal de Agricultura está de portas abertas para ouvir as reinvindicações e um corpo técnico para orientação em diversas áreas, destacando a piscicultura, veterinários, agrônomos.
Um ponto destacado pelo secretário é em relação a farinha produzida pelo Estado, onde apenas 10% é consumida, com potencial de consumo de 100%. O corpo técnico disponibiliza orientação ao produtor pelo uso correto da plantação, com uma produção maior, potencial de plantação de 30 ton/hectare, sendo que a média produzida não passa de 12 ton.
Ele destacou ainda sobre a parceria com o Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) e a Embrapa pelo apoio incondicional dado ao pequeno produtor. No caso específico da mandioca, são feitas várias variedades do produto, para produção com mais eficiência.
A secretaria ainda disponibiliza ao agricultor, maquinário para diversas funções como o trator agrícola, grade para o preparo do solo, esparramador de calcário, plantadeiras de mandioca, escavador de tanque para a piscicultura, entre outros.
Em relação a linhas de crédito, o produtor que tem sua regularização fundiária, tem acesso facilitado a esse serviço. O único percalço é sobre a documentação que anda a “passos lentos” nessa questão. Sem esse crédito, o produtor não consegue investir na compra de adubos, grãos melhorados e maquinários para uma melhor produção.
Em relação à Feira Agricultura e Arte, iniciativa da prefeitura de Macapá e abraçada pelos pequenos produtores, os consumidores encontram uma gama de produtos alimentícios e artesanais à venda. Farinha de mandioca, remédios naturais, comidas típicas da região, açaí, queijos, ovos, plantas medicinais e ornamentais, frutas, hortaliças, peças artesanais e peixes são disponibilizados para a população.
Em apenas 2 meses de gestão, já foram doadas cerca de 22 mil mudas de açaí, variedade produzida pela Embrapa, com uma tolerância maior em regiões de solo seco, mas que ainda necessita de água abundante para seu desenvolvimento, com alto potencial de produtividade.
Um ponto de extrema relevância é sobre o SIM (Serviço de Inspeção Municipal), onde produtores interessados em receber assistência técnica e o selo de controle higiênico-sanitário já podem solicitar esse serviço.
A medida faz parte da política de incentivo e desenvolvimento do setor produtivo local, implementado pela Prefeitura de Macapá, para verificar a qualidade dos produtos de origem vegetal e animal.
Além de garantir segurança alimentar para produtores e consumidores, a certificação também fortalece o setor econômico com a geração de emprego e renda e mais oportunidades para o homem do campo.
A partir do pedido de inspeção, o produtor recebe toda a orientação sobre o manejo e as licenças ambientais necessárias para o cultivo, produção e processamento dos alimentos. As primeiras solicitações para o SIM já estão sendo analisadas pelos técnicos da Secretaria de Agricultura de Macapá. O município calcula que, atualmente, cerca de 300 produtores trabalham no setor de hortifrúti, piscicultura e pecuária, e a certificação torna-se uma ferramenta importante o comércio de alimentos no Amapá.