Tentativa de invasão do prédio ocorreu no último dia 12, mesma data em que ônibus e veículos particulares foram incendiados
A Polícia Federal abriu investigação para apurar o ataque realizado contra a sede administrativa da corporação, em Brasília, no último dia 12. A abertura do inquérito ocorre duas semanas após a tentativa de invasão do prédio.
A investida criminosa contra a PF ocorreu após a prisão temporária do indígena José Acácio Tserere Xavante, detido por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele é acusado de incitar atos antidemocráticos e participar deles.
Os protestos começaram no início da noite e houve tentativa de entrada forçada no edifício, além de arremesso de pedras contra as vidraças e uso de material inflamável para causar incêndios. As equipes da PF reagiram e pediram reforço da Polícia Militar, que cercou o local e usou bombas de gás e balas de borracha para afastar os participantes do ato.
Sem conseguirem invadir a sede da PF, os manifestantes atearam fogo em ônibus e veículos particulares e depredaram o patrimônio público. Também houve ataque contra lojas do comércio da região e a uma delegacia da Polícia Civil.
As investigações mostram que os integrantes do protesto estão ligados ao acampamento montado em frente ao Quartel-General do Exército, no Setor Militar Urbano. Uma investigação já aberta pela Polícia Civil identificou algumas pessoas que atuaram em ações de vandalismo, mas até o momento ninguém foi preso.