Duas décadas se passaram e o PT não conseguiu gerar outros quadros e lideranças para enfrentar os graves desafios do país
O retorno do ex-sindicalista Luiz Marinho ao Ministério do Trabalho, conforme já anunciado pelo presidente eleito Lula, é mais uma impressionante volta ao passado no governo que se inicia em janeiro.
Marinho vai retomar o cargo que ocupou em 2005. Sim, quase duas décadas se passaram e o PT não conseguiu gerar novos quadros e lideranças para enfrentar os gravíssimos desafios que se acumulam à frente do país.
O ex e futuro ministro já deu sinais de que suas ideias são as mesmas. Avisou que pretende rever pontos da reforma trabalhista aprovada no governo Temer, como a do contrato de trabalho intermitente, reconhecido com um avanço nas relações entre patrões e empregados.
Mas a principal ambição de Marinho é o retrocesso ao famigerado imposto sindical, que a história provou ser uma robusta fonte de dinheiro para manter, com raras exceções, verdadeiras máquinas de corrupção corporativa.
O PT parou no tempo e não soube se renovar. Ao lado de Lula estará um grupo de velhos companheiros, como os já anunciados Aloísio Mercadante e o caçula da turma de senhores, o manjadíssimo Fernando Haddad. Essa turma vai dar trabalho.