Brasil

Universalização do saneamento pode gerar economia de R$ 1,2 bilhão por ano com saúde

Instituto Trata Brasil avaliou como acesso à água potável e tratamento de esgoto pode trazer benefícios econômicos ao país

O Brasil poderia economizar R$ 25 bilhões em gastos com saúde em um período de 20 anos caso tivesse alcançado a universalização do saneamento básico, conforme um estudo divulgado na terça-feira (8) pelo Instituto Trata Brasil.

A estimativa é que o poder público poderia deixar de gastar cerca de R$ 1,2 bilhão por ano até 2040 caso o fornecimento de água potável e a coleta e tratamento de esgoto atendessem amplamente a população brasileira.

“Hoje nós temos muitas doenças de veiculação hídrica que vêm com a falta de água tratada ou falta de coleta e tratamento de esgoto. São os casos da malária, esquistossomose, diarreia, leptospirose e dengue, entre outras. O impacto é significativo”, afirma Launa Siewert Pretto, presidente do Instituto Trata Brasil.

O estudo considerou para os cálculos o cenário em que 99% das residências tenham água potável e 90% coleta e tratamento de esgoto. Esses números são a meta do país traçada no  Marco Legal do Saneamento Básico, aprovado em 2020, para o ano de 2033.

O Brasil, no entanto, ainda está distante dessa realidade, com 33,1 milhões de pessoas sem acesso à água tratada e 94 milhões sem coleta e tratamento de esgoto, segundo dados de 2020 do SNIS (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento).

Além das perdas econômicas, a falta de saneamento produz efeitos drásticos na saúde da população. Considerando a taxa de mortalidade infantil em 2020, por exemplo, o Brasil teve 13,1 mortos para cada 1.000 nascidos vivos naquele ano, superior às taxas de mortalidade infantil de Cuba (4,1%), Chile (5,8%) ou Costa Rica (6,7%). Também era maior que os vizinhos Argentina (7,6%) e Uruguai (5,3%).

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