Marcelo Ferreira, de 37 anos, tinha uma condenação de 22 anos de prisão pelo crime de homicídio qualificado. Ele cumpria pena na cela 2A, do Pavilhão F3, onde foi encontrado morto
Elden Carlos / Editor
O delegado Wellington Ferraz, da Delegacia Especializada em Crimes Contra Pessoa (Decipe) deve iniciar a partir desta quinta-feira (3) a tomada de depoimentos dos seis detentos que dividiam a cela 2A, do Pavilhão F3, do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen), com o interno Marcelo Ferreira Miranda, de 37 anos, o ‘Marcelino’, que cumpria pena de 22 anos, no regime fechado, pelo crime de homicídio qualificado.
De acordo com o delegado, no início da manhã de quarta-feira (2) Marcelino foi encontrado morto no banheiro da cela. Ele estava com um lençol envolto no pescoço, sugerindo um possível enforcamento, mas várias evidências apontam para um possível homicídio.
“Existem fortes indícios de que esse detento tenha sido vítima de homicídio, mas os exames da Polícia Técnico-Científica (Politec) é que irão nos confirmar a causa da morte. Os peritos tem até dez dias para emitir o laudo, podendo pedir dilação do prazo. Um dos questionamentos principais é: como esse interno teria se enforcado em uma cela sem que os outros seis detentos tenham visto nada? Também nos chama atenção o fato de ele estar com os pés tocando o chão. É possível que tenha ocorrido a asfixia anteriormente e ele tenha sido pendurado para ‘maquiar’ a cena do possível crime, mas, repito, tudo será esclarecido pelo laudo da perícia”, concluiu o delegado.
Reportagem: Olho de Boto
