Da Redação
O julgamento do ex-policial civil Leandro Freitas de 31 anos, durou seis dias. Leandro estava sendo julgado pela morte da empresária Ana Kátia Silva, morta com um tiro no peito em julho de 2020, no bairro Jardim Marco Zero.
Leandro estava sendo acusado de homicídio qualificado por perigo comum e feminicídio, o que foi desclassificado pelo júri. A sentença arbitrada foi de 1 ano e 7 meses de reclusão em regime aberto. Como ele estava preso há mais de 2 anos, a decisão do juízo foi de liberdade imediata.
A defesa de Leandro falou sobre o resultado do julgamento, já que o ex-policial foi condenado por homicídio culposo quando não há a intenção de matar.
“Uma grande vitória para a defesa, onde Leandro conseguiu provar sua inocência. O feminicídio, motivo cruel, enfim, todas as teses do MP não foram aceitas pelos jurados. As outras acusações de que o réu teria assassinado Ana Kátia de uma forma dolosa, quando os jurados aceitaram a tese da defesa de crime culposo, onde o crime ocorre por uma imprudência, imperícia ou uma negligência. No caso do Leandro, os jurados entenderam sua negligência (estar sobre efeito alcóolico e portando arma de fogo)”, disse Charles Bordallo, advogado de defesa.
Os assistentes de acusação pediram a anulação do julgamento, pois alegam que um dos itens votados, não fazia parte do processo.
“O julgamento trouxe 2 verdades: uma que foi Leandro que atirou em Ana Kátia, e a outra é que Kadú é inocente. O que a assistência de acusação discorda é da voação sobre homicídio culposa, ou seja, se Leandro não efetuou nenhum disparo contra a vítima; se os peritos vieram à Macapá provar que ele não disparou contra a vítima, não há motivos para hesitar uma tese totalmente oposta aquilo que foi debatido em plenário”, disse Renato Nery, um dos assistentes.
Desde o dia do crime, Leandro foi apontado como o principal suspeito do disparo que vitimou a empresária Ana Kátia, mas o filho da vítima também foi citado no processo. A defesa sempre defendeu a tese de que Kadú teria atirado na mãe, quando pegou a arma de Leandro. Na tentativa de desarmá-lo, o tiro foi efetuado, fato esse contestado pela acusação que garante que quem atirou foi o ex-policial.
O advogado Renato Nery alega que várias irregularidades cercaram o julgamento de Leandro. Segundo ele, o Tribunal do Júri não se preparou para enfrentar um julgamento tão longo.
A defesa de Leandro comemora o resultado e explica que ele não deve mais nada para a justiça.
Reportagem: Elidiane Amaral
Imagens: Paulo Leal