Cidade

Fé e devoção marcam o retorno da procissão do Círio de Nazaré após 2 anos na capital

Muitas pessoas usam a procissão para fazer o bem ao próximo

Atos de fé, de gratidão e de solidariedade marcaram o Círio de Nazaré neste domingo, 13. A maior procissão religiosa do Estado é o ponto alto das homenagens à santa considerada como padroeira da Amazônia. Neste ano de 2019 o evento religioso amapaense completa 85 anos.

De acordo com a organização do evento, cerca de 200 mil pessoas acompanharam o Círio de Nazaré este ano. O percurso de 4 quilômetros começou no Santuário de Fátima, no bairro Santa Rita, e chegou ao fim na Igreja de São José, no Centro de Macapá.

O Círio de Nazaré 2019 teve como tema “Salve, Maria! Rainha da Amazônia missionária!”. O lema foi “Senhor fez por nós maravilhas. Santo é Seu nome!” (Lc 1,46-55). A ideia é incentivar o trabalho missionário e a ecologia integral da região amazônica.

Neste ano, o Círio comemora 88 anos e traz como tema: “Maria de Nazaré, intercedei por nós: sem paz não temos alegria, sem amor não temos vida”. As celebrações iniciaram às 7h da manhã no Santuário de Fátima, no bairro Santa Rita, com a missa ministrada pelo bispo do Amapá, Dom Pedro Conti, que comemorou o retorno da maior procissão religiosa do estado.

“Hoje temos o Círio da alegria, do amor, esperança e, principalmente, gratidão a Deus por estarmos aqui celebrando esse momento como antes. Sempre com muita fé e em comunhão com nossos irmãos, que são coisas que transformam vidas”, declarou o bispo.

O arcebispo metropolitano de Londrina (PR), Dom Jeremias, conduziu a tradicional Missa Campal em frente ao Santuário de Fátima. Para ele, a festividade propõe uma reflexão sobre a missionariedade e ecologia integral, em alusão ao Sínodo da Amazônia e o Mês Missionário Extraordinário, declarado pelo Papa Francisco para outubro deste ano. O objetivo é refletir sobre políticas públicas que favoreçam o desenvolvimento dos povos amazônicos.

A tradicional berlinda – que carrega a imagem de Nazaré – este ano foi ornamentada com plantas e frutos regionais, como açaí, pupunha e rambutan. A escolha ecológica tem a ver com a proposta ambiental do Círio deste ano.

A corda dos promesseiros é um dos mais tradicionais símbolos do Círio. Este ano a peça teve 250 metros. Cada centímetro da corda foi disputada por centenas de fiéis que agradeciam aos pedidos realizados ou faziam promessas. Ao fim da romaria ela foi cortada e distribuída entre os devotos, como a tradição determina.

Muitas pessoas usam a procissão para fazer o bem ao próximo. Algumas distribuem água ou fitas; outras molham os pés dos devotos que caminham descalços. Como forma de agradecer graças alcançadas, uma família aproveitou o momento para distribuir frutas aos romeiros que caminhavam pelas vias do Centro de Macapá em um calor de mais de 30°.

Mostrar mais

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo