Polícia

Padrasto preso estuprava enteadas em troca de comida; mãe das crianças consentia os abusos

Segundo o delegado Felipe Rodrigues, Joãzinho Barros, de 29 anos, estuprou suas três enteadas com o consentimento da mãe. Vítimas tinham 5, 7 e 9 anos há época do início dos estupros

Elden Carlos
Editor

O juiz Fábio Silveira Gurgel, da Comarca de Ferreira Gomes, município distante 136 quilômetros da capital, Macapá, converteu em preventiva as prisões de Joãozinho Pereira Barros, de 29 anos, e da companheira dele, Eliane Pereira de Oliveira, de 37 anos, que foram acusados pelos crimes de maus-tratos e estupro de vulnerável. O casal nega os crimes.

Segundo o delegado Felipe Rodrigues, Joãzinho estuprou suas três enteadas com o consentimento da mãe. Os estupros ocorriam em troca de comida, de acordo com o delegado. As crianças tinham há época 5,7 e 9 anos. Hoje, a mais velha está com 12 anos. O delegado revelou que em 2017 o casal perdeu a guarda das crianças por maus-tratos. As meninas ficaram sob a tutela de uma tia materna.

Porém, as denúncias de estupro só chegaram ao conhecimento da polícia após emissão de um relatório confeccionado no mês de setembro pelo Centro de Referência de Assistência Social (Creas). Esse documento foi emitido após um acompanhamento psicológico realizado por conta do conflito da guarda das meninas.

Delegado Felipe Rodrigues preside o inquérito

“As investigações iniciaram a partir do recebimento do relatório do Creas, informando sobre os abusos sexuais de três crianças com 9, 7 e 5 anos de idade, que tinham sofrido por parte do padrasto e, que a genitora das crianças era conivente com os fatos. Iniciamos as investigações e confirmam os crimes”, explicou o delegado.

A menina mais velha foi quem sofreu violência por cerca de quatro anos. À medida que as demais foram crescendo, também se tornaram vítimas do agressor. Conta ainda na denúncia de que as crianças menores eram obrigadas a presenciar o estupro sofrido pela mais velha. Tudo tinha o consentimento da mãe.

Agora, com a prisão preventiva decretada, o delegado espera concluir o inquérito para encaminhar o caso ao Ministério Público do Estado. Por enquanto, Joãozinho e Eliane permanecerão presos à disposição da justiça no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen).


Imagens: Divulgação/PC

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