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Exclusivo: Juiz da VEP afirma que não foi citado pela justiça e que pregadores de ‘fake news’ serão processados

Juiz João Matos, da VEP, foi alvo de citações nas redes sociais nesta quinta-feira (15), onde chegaram a dizer que ele havia sido preso em desdobramento da operação ‘Queda da Bastilha’, da PF e MP-AP

Elden Carlos
Editor

A operação ‘Queda da Bastilha’, deflagrada na quarta-feira (14) pela Polícia Federal (PF) e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Amapá, para cumprir 22 mandados de busca e apreensão e 8 de prisão preventiva contra intrigantes de uma organização criminosa que atuava dentro e fora do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen), resultou na prisão do delegado Sidney Leite – licenciado da DTE para concorrer ao cargo de deputado estadual -, advogados, policiais penais e internos do regime fechado do presídio estadual.

Segundo a PF, a organização era altamente estruturada e gerenciava crimes como tráfico de drogas, associação para o tráfico, falsidade ideológica, prevaricação, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.

A partir das prisões e da divulgação de documentos constantes no processo – que teve o sigilo retirado pela justiça – surgiram informações desencontradas e especulatórias (fake news) nas redes sociais, envolvendo os nomes de pessoas que não constam no objeto da investigação e dos mandados expedidos pelo judiciário, entre eles, o do juiz titular da Vara de Execuções Penais (VEP), João Matos Júnior.

Algumas dessas ‘fake news’ davam conta até mesmo da prisão do magistrado nesta quinta-feira (15). A reportagem do Portal EquinócioPlay conseguiu, com exclusividade, contato com o juiz. Ao ser questionado sobre as declarações postadas nas redes sociais, ele foi categórico em dizer que sua ação frente à VEP desagradou, talvez, algumas pessoas, afirmando que tem atuado no sentido de recuperar pessoas segregadas.

“Fake News não se esclarece, mas se processa os criadores e divulgadores. Inibir violações a direitos de um sistema penal injusto, e mudar um paradigma punitivista para outro de proteção à pessoa humana, não agrada muito. Sigo firme, com trabalho independente de recuperar a pessoa privada de liberdade, para devolvê-la melhor e assim proteger a sociedade”, disse de forma resumida o magistrado.

João Matos também revelou que sequer foi citado judicialmente, e que se posicionará de forma mais detalhada em momento oportuno.

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